Se você nunca teve muita familiaridade com a área contábil e de repente está diante de inúmeros impostos, tributos e outras arrecadações da sua empresa pode ser que se sinta um pouco perdido. Mesmo para as micro e pequenas empresas, optantes pelo Simples Nacional, é preciso conhecer um pouco do básico de contabilidade empresarial, para evitar problemas e também excesso de tributos desnecessários.

Hoje o Brasil é considerado o país com a maior carga tributária de toda América Latina e isso, obviamente, se traduz em um fardo pesado para quem deseja empreender. Saber analisar todos os tributos e custos que interferem no seu negócio ajuda a planejar adequadamente a vida financeira do seu empreendimento e tornar a sua marca mais competitiva.

Tem dúvidas sobre a contabilidade do seu negócio e não sabe se você precisa mesmo pagar todos esses impostos que têm recaído sobre sua atuação? Continue a leitura e veja os sinais de alerta!

1- Você nunca fez um planejamento tributário

Não importa o tamanho ou o ramo de atuação do seu negócio, fazer anualmente um planejamento tributário é algo extremamente importante, afinal é esse documento que guiará a atuação do gestor, no sentido de buscar as melhores formas de reduzir a carga tributária.

É através do planejamento tributário que você:

• Encontrará o regime mais adequado a sua atuação;
• Pensará em novos fornecedores ou em maneiras legais de reduzir a carga tributária que incide sobre a sua cadeia produtiva;
• Entenderá quais são os impostos que incidem sobre o seu negócio, planejando cenários de expansão e retração;
• Definirá quais são as isenções fiscais ou os créditos fiscais que podem ser usados pela sua empresa, dependendo do seu ramo de atuação;
• Compreenderá quais são os setores da sua empresa que mais sofrem com a carga tributária;
• Entre outras ações.

Se você nunca fez um planejamento tributário, ainda dá tempo. Monte uma equipe com responsáveis de vários setores e mais o seu contador e analisem juntos todos os tributos que incidem sobre as diversas áreas. Planejem as melhores formas de reduzirem (de maneira legal) essa carga tributária e sigam o plano.

Quanto mais informações sobre os impostos que incidem sobre o seu negócio e o seu ramo de atuação você tiver, mais fácil será planejar o pagamento de todos eles, evitando multas ou “surpresas” desagradáveis que podem consumir o seu lucro e tornar a sua empresa menos competitiva.

2- Você não sabe se o regime tributário escolhido é adequado

Outro ponto que faz com que muitas empresas percam dinheiro com impostos é a escolha inadequada do regime tributário. Muitas pessoas acreditam erroneamente que a escolha deve ser baseada apenas em alíquotas, mas é importante analisar o cenário ampliado, como créditos utilizáveis, atividades empresariais e burocracia das obrigações.

Uma escolha inadequada pode significar custos elevados e desnecessários, além de processos fiscais complexos (e que podem ser evitados). Por isso, antes de se decidir pelo regime ou de realizar a mudança, confira as possibilidades para as atividades que a sua empresa executa, analise a margem de lucro, avalie a faixa de faturamento bruto, considere as possibilidades de recebimento de créditos tributários, pense na carga burocrática, considere a desoneração da folha de pagamento e sempre reveja o enquadramento todo final de ano.

Hoje são usados basicamente 3 tipos de regimes tributários na maior parte das empresas:

Simples Nacional

É voltado exclusivamente para os micro e pequenos empresários com faturamento anual máximo de 3,6 milhões. Ele foi criado para facilitar a vida dos empreendedores menores, já que reúne em um só boleto todos os impostos devidos, tornando a administração tributária menos burocrática. Em geral, a alíquota de arrecadação dependerá do faturamento da empresa e do ramo de atuação, podendo girar entre 16% e 22%.

Lucro Presumido

São para aquelas empresas que possuem um faturamento anual máximo de até R$ 78 milhões. Nesse regime, a margem de lucro utilizada para o cálculo dos impostos é pré-definida pela legislação, de acordo com a atividade-fim do negócio em questão.

O comércio, por exemplo, tem um lucro presumido de 8%, enquanto para serviços essa margem sobe para 32%. A partir desses dados, o empresário paga os valores relativos ao IRPJ e à CSLL, 15% sobre o lucro e os demais impostos que são calculados separadamente, variando de acordo com a movimentação financeira da empresa.

Lucro Real

É a modalidade obrigatória para todas as empresas que faturam mais de R$ 78 milhões ao ano e optativa para as que faturam até esse teto. No regime de Lucro Real, a CSLL e o IRPJ são calculados em cima do lucro apurado e demonstrado em período contábil.

Além disso, algumas empresas dependendo do seu ramo de atuação são obrigadas a optarem por esse regime, como as que prestam atividades de banco, sociedades de crédito, valores imobiliários, cooperativas de crédito, entre outros, e aquelas que tiveram rendimentos, lucros e/ou ganhos provenientes de capital exterior.

3- Você não sabe quais impostos incidem sobre o seu negócio

Como dissemos, o Brasil é o país com a maior carga tributária de toda a América Latina. Isso significa que, independente da atuação e do porte do seu negócio, com certeza você será obrigado a pagar algum imposto.

Mas, não ter ideia de quais são eles pode tornar a sua empresa bem menos lucrativa e competitiva – e você ainda pode correr o risco de pagar alguns tributos os quais nem é obrigado por lei, corroendo ainda mais a sua vida financeira.

Os impostos a serem pagos dependerão de vários fatores como o porte da sua empresa, o regime tributário (veja a importância de escolhê-lo adequadamente), o seu ramo de atuação, entre outros. No Simples Nacional, por exemplo, a empresa paga mensalmente todos os tributos em uma só arrecadação, sendo eles: a CSLL, o IRPJ, o PIS, a COFINS, o ICMS, o IPI, o ISS e o INSS.

Porém, os percentuais variam de acordo com a atividade da empresa e com o faturamento dos últimos 12 meses. O comércio pode pagar uma alíquota entre 4% e 11,61%, enquanto para o setor de serviços esse valor pode girar entre 16,93% a até 22,45%.

Esses valores podem variar bastante dependendo da sua escolha de regime de tributação, tornando mais ou menos interessante para a sua realidade. Por isso, uma análise criteriosa e detalhada, de acordo com o seu ramo de atuação e faturamento é extremamente necessária.

Se você não tem muito conhecimento sobre essas questões, o melhor a fazer é contar com auxílio contábil, evitando pagar mais impostos do que o necessário, reduzindo seu lucro e tornando o seu negócio menos competitivo.

E, então, você está pagando os seus impostos de forma certa ou errada? Fale com um consultor da Vieira Nobre Contabilidade hoje mesmo e tire suas dúvidas – Falar com consultor >>>